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CRÔNICAS ESPORTIVAS:



ATENTADO DE MUNIQUE


homenagem

Dia 5 de Setembro de 2012, foi o aniversário de 40 anos do Massacre de Munique, onde os alemães e os israelenses prestaram homenagens às 12 pessoas que foram mortas neste atentado: 11 desportistas e um policial alemão, em decorrência da tentativa da libertação dos atletas pelos policiais. No total foram 17 mortes, porém as outras cinco pessoas eram do grupo terrorista Setembro Negro, que não foram homenageadas. Esta homenagem foi algo que me emocionou, pois mesmo após quarenta anos deste trágico acontecimento, as pessoas falecidas foram recordadas.

O peso desta tragédia não deve ser jogado nas costas dos alemães, pois quem poderia imaginar que um evento olímpico, do qual só participavam jovens atletas e espectadores sem cotação política nenhuma, seria atacado daquele forma e causar tantas mortes e uma grande tensão em todos durante 34 horas de jogos paralisados.
O grupo terrorista palestino, denominado Setembro Negro, alegou ter motivos para o ato brutal: o não atendimento à solicitação dos palestinos em participar das Olimpíadas de Munique e a negação do pedido de libertação de 236 árabes prisioneiros de Israel e da Alemanha (quando estavam com os reféns, os terroristas ameaçaram executar dois reféns a cada hora se os alemães não libertassem os prisioneiros). Mas esses não eram motivos para causar mortes e tumultos em um evento tão esperado por todos.

Ao meu ver, quem teria de se desculpar e prestar mais homenagens são os palestinos, pois eles foram os cusadores de mortes e tristezas de muitos. Eles é que deveriam carregar o pesado fardo deste atentado irreparável. Acredito e até entendo por que os policiais alemães estavam despreparados para o acontecimento, pois crueldade deste porte em um evento esportivo de jovens, não é uma simples confusão em que a ordem seria retomada fácil e rapidamente.

Maldade nunca imaginável para uma sociedade que preza a paz, a tolerância e preocupa-se com o progresso.


terroristas se preparando para entrar no local


terrorista checando para ver se não havia ninguém observando-o


helicóptero usado pelos policiais



APOSENTADORIA PRECOCE:


Mark Spitz



Mark Spitz foi um famoso nadador Americano (em minha opinião ainda o  melhor) que, nas Olimpíadas de Munique em 1972, conquistou sete medalhas de ouro em todas as modalidades de nado, quebrando o recorde mundial em todas elas. Este recorde -de mais medalhas de ouro conquistadas numa mesma olimpíada por um mesmo atleta- que parecia imbatível, foi superado apenas por Michael Phelps, que conquistou 8 vitórias e quebrou sete recordes mundiais nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. 

Desde pequeno, tinha o costume de nadar. Quando tinha dois anos de idade, sua família teve de se mudar para o Havaí e lá, como há muitas praias, aprendeu a nadar. Um pouco mais velho, com dez anos, Mark quebrou dezessete recordes nacionais e um recorde mundial da natação em relação a sua faixa de idade. E isso, a meu ver, é algo extremamente incrível! Pois, quebrar tantos recordes nacionais e um mundial com apenas 10 anos, com um corpo ainda pequeno e pouco desenvolvido, é muito surpreendedor. 

Depois de passar toda a adolescência como o mais promissor dos jovens nadadores americanos, ele conquistou, aos dezessete anos, cinco medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1967. Em apenas cinco anos como profissional, Spitz conquistou 11 medalhas olímpicas (9 de ouro, uma de prata e uma de bronze), sendo um grande orgulho para sua pátria e deixando o mundo perplexo e chocado. 

Spitz, em 1968, nas Olimpíadas da Cidade do México, não teve um resultado tão bom quanto na sua futura olimpíada de 1972, por conta da altitude da capital mexicana, apenas conquistando duas medalhas de ouro e duas de prata. Porém, ele não desanimou. Entrou para a Universidade Indiana e, junto com seu treinador Doc Counsilman, venceu todos os campeonatos americanos e mundiais dos anos seguintes. Nos dias de hoje é difícil encontrarmos pessoas que persistam em suas habilidades, que apesar de serem muito bons naquilo que fazem ou terem este dom nato, acabam desistindo ou abandonando-o para se dedicar a outro tipo de trabalho. Até, porque, nem sempre o título de campeão renomado traz o conforto financeiro desejado e merecido. 

Não foi exatamente o caso de Mark. As circunstâncias fizeram a sua aposentadoria precoce. O massacre de Munique (onde 11 jovens altetas israelenses foram mortos por terroristas palestinos), infelizmente, obscureceu sua grande vitória. Como era judeu, foi retirado e enviado às pressas aos EUA pelo governo americano. Novamente podemos ver como este massacre afetou as Olimpíadas e, infelizmente, a carreira esportiva de um nadador tão especial que, devido a este fato, retirou-se da natação com apenas 22 anos de idade e cinco como profissional. 

Enriqueceu fazendo comerciais e aparecendo em programas de TV, mas retirou-se logo, pois sentia-se desconfortável. Acredito ter sido bastante sensato de sua parte esta atitude, do que prosseguir e insistir em uma carreira para qual reconhecia não ter talento.



Mark nadando em uma prova

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